Artigo | O Lado B do Cinema: A Beleza das Obras-Primas Ignoradas
- Gus Acioli
- 8 de abr.
- 3 min de leitura

Nem todo filmaço ganha a moral que merece. No meio de tanta produção que aparece por aí, tem umas verdadeiras obras de arte que, por algum motivo, acabam passando batido pelo grande público.
E olha que essas joias escondidas têm histórias profundas, atuações que ficam na memória e diretores super criativos, mas muitas vezes ficam ali, meio esquecidas. Vamos dar uma olhada em alguns desses títulos que valem muito a pena serem redescobertos.
Começando com um filme que me tocou bastante, temos Sombras da Vida (2017). Dirigido pelo David Lowery, esse filme é quase uma poesia sobre a perda, o tempo e a memória.
Com uma calmaria que te faz pensar e uma história contada de um jeito bem simples, ele utiliza imagens que te hipnotizam e atuações super sutis, mas poderosas, para mostrar o que significa existir e ser lembrado. E mesmo sendo tão profundo, muita gente nem ouviu falar dele quando saiu.

Falando em filmes que te levam para outra dimensão, antes do Christopher Nolan pirar a nossa cabeça com A Origem e o mundo dos sonhos, o diretor japonês Satoshi Kon já tinha feito uma viagem ainda mais surreal com Paprika (2006).
Essa animação é um mergulho alucinante na nossa mente, misturando realidade e fantasia de um jeito que te deixa meio zonzo, mas no bom sentido. Visualmente é de cair o queixo, e Paprika é daquelas obras visionárias que mereciam muito mais reconhecimento.
Mudando um pouco de estilo, mas mantendo a qualidade, temos Filhos da Esperança (2006), do Alfonso Cuarón. Apesar de ter recebido vários elogios da crítica, esse filme não fez o sucesso de bilheteria que merecia.

Ele mostra um futuro bem sombrio onde a humanidade não consegue mais ter filhos, e o resultado é um retrato brutal e visualmente impressionante. As cenas de ação são incrivelmente bem feitas, e a história é muito humana. É um filme que continua sendo super importante e impactante até hoje.
E pra quem gosta de um visual de tirar o fôlego, precisa conhecer Dublê de Anjo (2006), dirigido pelo Tarsem Singh. A história mistura fantasia e realidade, acompanhando um dublê de cinema que começa a contar uma história épica para uma garotinha. Mesmo com uma fotografia impressionante e atuações emocionantes, o filme acabou ficando meio escondido.

Por fim, mas não menos importante, temos Coerência (2013). Feito com um orçamento minúsculo, esse filme mostra que para ter uma ideia genial não precisa de uma produção gigante.
Esse suspense de ficção científica explora realidades paralelas durante um jantar entre amigos, criando uma tensão e um mistério com uma história super inteligente e um elenco que te prende do começo ao fim.

No fim das contas, o cinema está cheio de filmes ótimos que acabaram ficando meio de lado, esperando para serem descobertos por quem ama a sétima arte de verdade.
Essas obras nos lembram que, muitas vezes, o valor de um filme não está no quanto ele arrecadou ou na propaganda que fizeram dele, mas sim na capacidade que ele tem de nos emocionar, nos fazer pensar e nos inspirar. Se você ainda não deu uma chance para essas joias, talvez seja a hora de colocá-las na sua lista de próximos filmes.
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