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Artigo | Ação no Cinema: Os momentos que mudaram tudo

Matrix | Divulgação
Matrix | Divulgação

Desde que comecei a estudar cinema, uma coisa que sempre me deixou de boca aberta foram as cenas de ação. Elas têm um poder incrível de fazer a gente prender a respiração, sentir o coração disparar e, em alguns casos, até mudar o que a gente espera do cinema.


Hoje quero compartilhar com vocês algumas das cenas de ação mais revolucionárias da história, aquelas que não só impressionaram o público, mas também deram um jeito novo de fazer filme. Preparados para sentir essa adrenalina?


E para começar, não tem como não falar de Matrix. Se você já viu o Neo desviando das balas em câmera lenta, você sabe exatamente do que estou falando. Aquela cena icônica, com o Keanu Reeves se jogando pra trás pra escapar dos tiros, é um marco na história do cinema.


As irmãs Wachowski usaram uma técnica inovadora chamada bullet time, que juntava várias câmeras posicionadas em 360 graus para criar aquela sensação de movimento e tempo congelados.


O impacto dessa novidade foi gigantesco. De videogame a comerciais de TV, o bullet time virou uma referência cultural e técnica. Mas, para mim, o mais genial é que essa cena não foi só um efeito visual; ela resume toda a filosofia do filme, sobre questionar a realidade e ir além dos limites.

Mad Max: Estrada da Fúria | Divulgação
Mad Max: Estrada da Fúria | Divulgação

Agora, se tem um filme que elevou a adrenalina a outro nível, esse filme é Mad Max: Estrada da Fúria. George Miller nos entregou um espetáculo visual que quase parece impossível de acreditar, ainda mais nessa época em que os efeitos digitais dominam tudo no cinema.


A maioria das cenas de ação foi feita com dublês e veículos de verdade no deserto da Namíbia, o que deu ao filme uma sensação tão real que poucos blockbusters modernos conseguem alcançar.


A perseguição que dura o filme inteiro é, sem dúvida, uma das maiores proezas que o cinema já viu. O uso bem pequeno de computação gráfica, junto com a fotografia incrível do John Seale, fez com que cada explosão, cada capotagem e cada manobra radical parecessem reais.


Para mim, essa abordagem mais prática trouxe de volta uma autenticidade que, muitas vezes, falta nos filmes de ação que dependem demais do computador.

Oldboy | Divulgação
Oldboy | Divulgação

E poucas cenas são tão brutais e, ao mesmo tempo, tão hipnotizantes quanto a sequência do corredor em Oldboy, dirigido pelo Park Chan-wook. Naquele momento marcante, o protagonista enfrenta um monte de inimigos numa luta contínua, filmada em um único plano sequência, sem cortes aparentes, sem aquela coisa glamourosa – só intensidade pura.


O que mais me impressiona nessa cena é como ela passa aquela sensação de cansaço e de que tudo tá acontecendo de verdade. Diferente daquelas coreografias super ensaiadas e heroicas que a gente tá acostumado a ver em Hollywood, ali tudo é caótico e dolorosamente humano.


Foi uma abordagem que inspirou muitos outros filmes e séries, de Demolidor a John Wick, mas ainda assim, poucos conseguem chegar perto da autenticidade visceral de Oldboy.


O Exterminador do Futuro 2 é um clássico absoluto, mas aquela cena de perseguição com o T-800 (Arnold Schwarzenegger), o John Connor de moto e um caminhão dirigido pelo T-1000 é simplesmente lendária. Dirigida por James Cameron, essa sequência elevou o nível das cenas de perseguição nos anos 90.


O que eu mais admiro nessa cena é como ela junta ação prática com efeitos visuais que eram inovadores para época. O T-1000, um vilão feito quase que inteiramente em CGI, ainda hoje parece impressionante. Essa mistura de efeitos reais e digitais mostrou ao mundo o que dava para fazer com tecnologia no cinema – uma coisa que influencia o gênero até hoje.


O Exterminador do Futuro 2 | Divulgação
O Exterminador do Futuro 2 | Divulgação

E se a gente tá falando de ação que mudou o cinema, John Wick merece um lugar nessa lista com certeza. O filme trouxe uma pegada nova para o gênero, com cenas de luta coreografadas como se fossem danças mortais.


A sequência da boate é um ótimo exemplo disso: Keanu Reeves se movimenta com uma precisão letal, enquanto as luzes e a música eletrônica criam um clima quase hipnótico.


Essa cena me marcou muito por mostrar que a ação não precisa ser aquela bagunça para ser emocionante. A atenção aos detalhes, o uso do gun-fu (uma mistura de artes marciais com armas de fogo) e a dedicação de Reeves em fazer grande parte das cenas de luta elevaram o nível do que a gente espera dos filmes de ação modernos.


Para mim, cenas de ação não são só momentos para deixar o público impressionado; elas são uma forma de contar a história. Quando são bem feitas, elas podem revelar coisas sobre os personagens e até desafiar as regras do cinema. Cada uma das cenas que mencionei aqui fez isso de um jeito único, deixando um legado que continua inspirando cineastas no mundo todo.


Com a tecnologia avançando cada vez mais, com captura de movimento e realidade aumentada, eu fico curioso para ver como as cenas de ação vão evoluir. Mas, no fundo, eu acredito que as melhores cenas ainda vão ser aquelas que juntam inovação técnica com a história e a emoção. Porque, no final das contas, ação não é só sobre explosões e lutas – é sobre o que elas fazem a gente sentir.

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