Crítica | Anônimo - Quando um Pacato Pai Revela seu Lado Mortal em um Thriller Surpreendente
- Gus Acioli
- 6 de nov. de 2024
- 2 min de leitura

Anônimo traz Bob Odenkirk em uma atuação inesperada e eletrizante como Hutch Mansell, um pai de família que tenta levar uma vida pacífica até que um evento de invasão domiciliar desperta nele um lado sombrio e poderoso.
Na tentativa de evitar violência, Hutch inicialmente deixa de reagir, o que causa decepção em sua família. No entanto, essa escolha tem consequências que o levam a uma jornada intensa e brutal, revelando habilidades e segredos do passado que ele sempre manteve ocultos.
O filme, dirigido por Ilya Naishuller e escrito por Derek Kolstad, aborda o tema de até onde alguém pode ir para proteger sua família, explorando as complexidades de um personagem que, à primeira vista, parece comum, mas esconde um lado letal.

O desenvolvimento de Hutch é cativante; o roteiro faz com que o público queira descobrir cada camada desse personagem aparentemente pacato e, ao mesmo tempo, mortal.
As cenas de ação, especialmente a sequência do ônibus, são marcantes e colocam o espectador em uma experiência quase visceral, mostrando o que um homem comum pode fazer em situações extremas.
É nesse momento que vemos Hutch em sua verdadeira forma, em um combate físico tão intenso que a adrenalina é quase palpável.
O ritmo é bem equilibrado e nunca perde o fôlego, mantendo o espectador ansioso para ver o que vem a seguir.

Naishuller conduz a narrativa com habilidade, entregando uma experiência que captura e mantém a atenção. A fotografia é outra grande aliada, com cores e iluminação que criam uma atmosfera única, especialmente para um filme de ação de orçamento modesto.
A trilha sonora, embora não seja memorável a ponto de ficar na cabeça após a sessão, é inserida de forma estratégica, amplificando o clima nas cenas certas sem tirar o foco do que importa.
Os efeitos visuais seguem uma linha prática e direta, o que contribui para o realismo sem exageros de CGI. Isso traz autenticidade às sequências de ação e às lutas corpo a corpo.

Bob Odenkirk brilha no papel principal, combinando a vulnerabilidade e a força de Hutch de uma maneira que conquista o público. Mesmo que ele tenha um lado mais durão, sua performance faz com que a audiência se importe e torça pelo personagem. O design de produção, com cenários e figurinos bem pensados, complementa perfeitamente o enredo sem roubar a cena.
Anônimo é o tipo de filme que surpreende o espectador. Você começa sem grandes expectativas, mas acaba imerso na narrativa. É uma produção que entrega tudo o que promete, especialmente para um thriller de ação com orçamento modesto.

É ideal para quem aprecia filmes de ação bem construídos, e também uma ótima escolha para assistir com amigos em uma tarde de domingo.
Com uma direção envolvente e um personagem principal que rouba a cena, Anônimo cumpre sua proposta de forma surpreendente.
É um filme de ação que, apesar da simplicidade, foi bem planejado e executado. Daria uma nota oito para a produção, que é bem-sucedida em cativar e divertir o público com uma narrativa direta e envolvente.
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