Crítica | Operação Natal - Um Filme de Férias Que Fica Aquém das Expectativas
- Gus Acioli

- 30 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de dez. de 2024

Operação Natal é uma tentativa de refrescar o gênero de filmes natalinos com uma dose de ação e comédia, mas o resultado é um tanto decepcionante.
O longa, dirigido por Jake Kasdan e estrelado por Dwayne "The Rock" Johnson, Chris Evans e Lucy Liu, é uma produção feita para agradar famílias e jovens, com uma trama que mistura aventura e temas clássicos de Natal.
No entanto, apesar de algumas ideias interessantes, o filme cai em um roteiro previsível e em escolhas que o impedem de alcançar o brilho esperado.
A premissa do filme, que gira em torno do sequestro do Papai Noel e da missão de dois personagens improváveis — o Comandante Drift (Johnson) e o caçador de recompensas Jack O'Malley (Evans) — é cheia de potencial, mas logo se revela uma história rasa.

O enredo, embora original, não traz novidades e se apega a clichês já conhecidos do gênero, sem explorar de forma eficaz as possibilidades que um filme de Natal com elementos de ação poderia oferecer.
O desenvolvimento dos personagens é superficial. Embora a ideia de redenção do protagonista seja um tema interessante, ele é tratado de forma rápida e sem profundidade, o que impede que o público se conecte de verdade com os personagens.
As cenas de ação e perseguições, que poderiam ser o grande atrativo do filme, são entediantes e pouco inspiradas. Faltou mais criatividade no uso desses elementos para fazer com que o filme se destacasse.

A direção de Kasdan segue uma linha segura e sem grandes inovações. A produção claramente foi pensada para ser um entretenimento leve, mas acabou sendo uma opção sem muito apelo para os adultos.
A fotografia é simples, sem grande sofisticação, refletindo a natureza do filme como uma comédia familiar para a televisão. A trilha sonora, embora cumpra seu papel durante a exibição, não tem o impacto necessário para se tornar memorável após o fim do filme.
Os efeitos especiais são, no geral, insatisfatórios. Embora alguns momentos sejam razoavelmente bem executados, outros falham em convencer, e a sensação de que o orçamento foi reduzido para uma produção televisiva é evidente.
O design de produção, por outro lado, consegue ser eficiente, com figurinos e cenários que não decepcionam, principalmente nas cenas que envolvem o universo mitológico, mas nada que seja de destaque.

As atuações do elenco, especialmente de Dwayne Johnson, são previsíveis e sem grandes surpresas. Johnson faz o que já se espera dele, com um personagem que serve mais como alívio cômico do que como uma figura central com algum arco significativo.
Chris Evans, embora carismático, não tem muito a fazer além de seguir a fórmula já testada em outros filmes.
No fim, Operação Natal entrega exatamente o que promete: um filme divertido, mas sem grande substância. Ideal para uma tarde preguiçosa em família, mas sem o tipo de humor ou ação que o faria se destacar entre os clássicos de Natal.
Nota: 5/10 — Um filme adequado para o público juvenil, mas longe de ser memorável.



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