Crítica | Como Vender a Lua - Uma Comédia Inteligente e Original
- Gus Acioli
- 2 de set. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 2 de nov. de 2024

Como Vender a Lua apresenta uma proposta original e cativante, colocando em evidência a performance de Scarlett Johansson, que brilha ao longo do filme.
Sua personagem, Kelly Jones, é uma vigarista com habilidades excepcionais em marketing, enquanto Cole Davis, interpretado por Channing Tatum, tenta manter a imagem conservadora da NASA intacta. O filme explora até que ponto as pessoas estão dispostas a ir para enganar, mesmo que seja por um bem maior.

O desenvolvimento dos personagens é um dos pontos fortes do filme. A trajetória de Kelly é particularmente interessante, pois a vemos questionar suas próprias escolhas e crescer com elas.
O filme traz momentos memoráveis, especialmente nas cenas em que Scarlett Johansson se destaca com uma atuação impecável, combinando humor e drama de forma magistral.
O ritmo do filme é bem ajustado, mantendo o espectador envolvido do início ao fim. Embora seja classificado como comédia romântica, Como Vender a Lua vai além disso, explorando temas mais profundos de forma leve e divertida.

A direção de Greg Berlanti é sólida, entregando o que o público espera, mas sem apresentar inovações significativas. A fotografia é outro aspecto que merece destaque, capturando a atmosfera da época com uso habilidoso de cores e luzes, transportando o espectador para os anos 60.
A trilha sonora, embora não seja memorável, cumpre seu papel, acompanhando bem a narrativa e ajudando a imergir na história. Os efeitos visuais, necessários para recriar a época e a missão lunar, são bem integrados, sem causar estranheza.

O elenco, liderado por Johansson e Tatum, oferece performances maravilhosas, com destaque para Johansson, que entrega uma das melhores atuações de sua carreira.
O design de produção é eficiente, com cenários e ambientações autênticos, apesar de pequenos detalhes no figurino de Tatum que poderiam ter sido mais sutis.
O principal ponto forte de Como Vender a Lua é a forma como mostra que tudo pode ser vendido, desde que se tenha um bom profissional de marketing por trás.

Mesmo com algumas falhas, o filme é uma reflexão divertida e inteligente sobre os limites da ética no mercado.
Em uma escala de 1 a 10, Como Vender a Lua merece um sólido 8. É um excelente filme, com atuações fantásticas, uma temática original e um entretenimento perfeito para uma tarde agradável.
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