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Crítica | Resistência - Futuro Distópico e Emoção à Beira do Previsível

Atualizado: 2 de nov. de 2024

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Em um cenário devastado por uma guerra entre humanos e inteligência artificial, Resistência leva os espectadores a um futuro onde a tensão entre as duas facções é palpável.


A trama gira em torno de Joshua (John David Washington), um ex-agente designado para encontrar e eliminar o Criador, uma IA que, ao que tudo indica, possui o poder de acabar com o conflito. No entanto, a surpreendente revelação de que essa “arma” é, na verdade, uma inteligência artificial na forma de uma criança, lança uma nova perspectiva sobre a guerra.

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Apesar de uma premissa que parece promissora, o filme acaba por cair em clichês conhecidos do gênero de ficção científica.


A ideia de uma guerra entre humanos e IA é bem explorada, mas não apresenta grandes inovações para os aficionados do gênero. Além disso, o desenvolvimento dos personagens, principalmente o de Joshua, é irregular.


A jornada emocional de Joshua é essencial para a narrativa, mas os personagens secundários carecem de profundidade, o que pode resultar em uma sensação de superficialidade.

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Os temas abordados incluem a moralidade da IA, as consequências da guerra e uma reflexão sobre eventos históricos como a Guerra do Vietnã. O filme tenta explorar o impacto da tecnologia na humanidade e as possibilidades de redenção ou destruição.


Há momentos notáveis, como a revelação da verdadeira natureza da “arma” e o confronto interno de Joshua, que são intensificados por uma narrativa de reviravoltas e cenas de ação bem executadas, impulsionadas por CGI de alta qualidade.

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A direção de Gareth Edwards, conhecido por seu trabalho em Rogue One, mantém a atmosfera visual e narrativa de ficção científica que o caracteriza. Embora a estética futurista e distópica seja um dos pontos altos, o filme enfrenta alguns desafios com uma estrutura não-linear que pode desorientar alguns espectadores.


A fotografia impressiona, com uma utilização eficaz de cores e iluminação que destaca o ambiente futurista e sombrio. A trilha sonora de Hanz Zimmer também se destaca, contribuindo significativamente para a carga emocional e épica do filme. Os efeitos especiais são robustos, garantindo uma representação visual convincente do mundo futurista.

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As atuações são geralmente fortes, com John David Washington entregando uma performance sólida. Gemma Chan e Ken Watanabe também são eficientes, apesar de seus papéis menores. O design de produção é meticuloso, criando um ambiente de futuro distópico que enriquece a experiência visual.


Resistência oferece uma experiência visualmente rica e envolvente, com uma trilha sonora marcante e efeitos especiais impressionantes. No entanto, a narrativa, embora interessante, não rompe com os padrões do gênero e o desenvolvimento dos personagens poderia ser mais aprofundado.

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É uma obra sólida para os fãs de ficção científica e de temas distópicos, mas pode não oferecer grandes surpresas para aqueles familiarizados com o gênero. A classificação final é um 7. É um filme que brilha visualmente, mas que deixa a desejar em termos de inovação e profundidade narrativa.






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