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Crítica | Robô Selvagem - Uma Aventura Animada de Autodescoberta

Atualizado: 2 de nov. de 2024



Em Robô Selvagem, acompanhamos a jornada de Roz, um robô que, após naufragar em uma ilha desabitada, precisa se adaptar a um ambiente totalmente novo. Sozinho em meio à natureza, ele aprende a interagir com os animais locais e, em um dos momentos mais tocantes, adota um filhote de ganso.


Ao longo do filme, Roz passa por uma verdadeira transformação, descobrindo seu propósito e encontrando uma nova família. A animação é uma adaptação do livro homônimo de Peter Brown.

Robô Selvagem é uma combinação bem-sucedida de aventura, emoção e humor, conduzida pela impressionante direção de Chris Sanders.


A trama, que já começa com a premissa original de um robô solitário em uma ilha, se desenvolve de forma envolvente e criativa, explorando temas como autoconhecimento, convivência e a conexão entre tecnologia e natureza.


O desenvolvimento dos personagens é um dos pontos altos do filme, com Roz evoluindo de uma máquina perdida para uma figura central que se conecta de maneira profunda com os animais da ilha.


A transição do robô, de observador passivo a participante ativo na vida selvagem, é cativante e tocante. As interações entre Roz e os animais são emocionantes, especialmente quando ele passa a ser aceito pela fauna local.

A direção de Chris Sanders é habilidosa em manter o ritmo equilibrado, sem exageros ou pressa. Cada cena é cuidadosamente construída para criar uma ligação emocional com o espectador, ao mesmo tempo que mantém o tom leve e divertido.


O filme é visualmente deslumbrante, com uma animação de alta qualidade que capta a beleza da natureza selvagem e o contraste com a presença tecnológica de Roz. A fotografia é vibrante e utiliza cores e luzes de forma magnífica, trazendo vida à ilha e seus habitantes.

A trilha sonora, embora não se destaque tanto fora do filme, complementa bem as cenas, realçando os momentos mais tensos e emocionais. Já os efeitos especiais, focados na animação, são executados com precisão, criando um ambiente imersivo e realista que facilita a integração do público na narrativa.


O elenco de vozes é outro aspecto positivo. Lupita Nyong'o, Pedro Pascal e Kit Connor trazem naturalidade e emoção a seus personagens, fazendo com que a dublagem soe orgânica e envolvente.


Além disso, o design de produção é impecável, equilibrando perfeitamente os elementos da natureza e da tecnologia, o que contribui para o tema central do filme.

Se há algo que poderia ser melhorado, é o final, que pode parecer um pouco dividido. Há múltiplos momentos que parecem indicar uma conclusão, o que pode criar uma sensação de prolongamento desnecessário. Porém, essa pequena falha não compromete o impacto geral do filme.


No fim das contas, Robô Selvagem supera as expectativas, emocionando e surpreendendo tanto adultos quanto crianças. Com sua narrativa sensível e bela, ele é ideal para fãs de animação, famílias e qualquer pessoa que aprecie histórias com uma mensagem profunda sobre propósito e convivência.


Nota: 8/10 – Robô Selvagem é uma aventura animada que emociona e diverte, equilibrando momentos de leveza com uma reflexão mais profunda sobre a natureza e a tecnologia.


Uma experiência encantadora, ainda que não exatamente memorável a ponto de ser revisitada com frequência.



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