Crítica | Transformers: O Início – Uma Nova Geração, Mas Será que Convence?
- Gus Acioli

- 5 de nov. de 2024
- 2 min de leitura

O novo longa de ação e animação, Transformers: O Início, dirigido por Josh Cooley, busca explorar as origens de dois ícones da franquia: Optimus Prime e Megatron.
Prometendo uma aventura épica, o filme mergulhador no relacionamento complexo e outrora fraterno entre os personagens, mostrando como suas divergências ideológicas moldaram o destino de Cybertron.
Para novos espectadores, o filme pode servir como um bom ponto de partida para o universo Transformers. A história é envolvente, com um desenvolvimento gradual que aprofunda as personalidades de Optimus e Megatron. Para os fãs de longa data, no entanto, a narrativa pode parecer contraditória em relação às versões, o que gera uma sensação de superficialidade.

Quem já acompanha a franquia percebe que as decisões e os acontecimentos apresentados nem sempre condizem com o que já foi previsto, criando uma desconexão.
O tema central de Transformers: O Início gira em torno das consequências das escolhas e como até mesmo os mais próximos podem se tornar rivais quando suas convicções entram em conflito.
A história convida o espectador a refletir sobre os dilemas éticos e morais, mas sem surpreender ou inovar muito dentro do que a franquia poderia oferecer.

Visualmente, o filme entrega o que os fãs esperam. A fotografia é excelente, com uso eficiente de luz e cores, que emergem do público em um Cybertron vibrante e detalhado.
Os efeitos especiais são técnicos impecáveis, ainda que o cenário tenha feito o filme resvalar mais para a estética de animação do que para um realismo total. A trilha sonora cumpre seu papel sem grandes destaques; ela acompanha a trama sem ser marcante.
A direção de Josh Cooley segue no ritmo, mantendo um equilíbrio que evita lentidão e mantém o interesse do espectador. No entanto, o roteiro não traz novidades significativas, e o enredo parece uma tentativa de revitalização que, no fim das contas, se mostra um tanto reciclado e previsível.

Já o elenco, composto por nomes como Keegan-Michael Key e Chris Hemsworth, entrega o necessário, mas sem grandes performances que marcam a história.
A produção e os cenários são esteticamente modificados, mas a tradição sofre um pouco com a constante dúvida sobre o tom: é uma animação mais infantil ou um épico de ação com pegada realista? Esse conflito de estilo pode afastar aqueles que esperavam uma narrativa mais coesa.
Transformers: O Início oferece o básico de um blockbuster: efeitos visuais de primeira e uma história simples, mas sua tentativa de reinvenção da franquia talvez seja um pouco desanimadora para os veteranos da saga.

Recomendado especialmente para o público jovem ou para quem está descobrindo o universo dos Autobots e Decepticons, o filme funciona como uma aventura divertida e familiar, embora esteja distante do que os fãs mais tradicionais esperavam.
Para quem acompanha a série há tempos, o filme pode subir como uma decepção leve, mas para os novatos é uma introdução satisfatória. Com um enredo mais voltado para o público infanto-juvenil, Transformers: O Início é um filme adequado, sem grandes surpresas, mas que provavelmente agradará a nova geração.



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