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Crítica | Borderlands - Um Desperdício de Talento e Potencial

Atualizado: 2 de nov. de 2024


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Borderlands, dirigido e roteirizado por Eli Roth, prometia ser uma explosiva mistura de ação e ficção científica, mas o resultado final é decepcionante.


Com um elenco de peso, incluindo Cate Blanchett, Jamie Lee Curtis, Kevin Hart, Florian Munteanu e Ariana Greenblatt, o filme não consegue cumprir as expectativas, entregando uma narrativa previsível e personagens sem carisma.

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Kevin Hart,Jamie Lee Curtis, Florian Munteanu, Ariana Greenblatt e Cate Blanchett

A trama gira em torno de Lilith, interpretada por Cate Blanchett, uma fora da lei que relutantemente aceita a missão de encontrar Tiny Tina, uma garota desaparecida que, mais tarde, se revela uma peça-chave em um plano maior.


A personagem de Ariana Greenblatt é irritante e não acrescenta profundidade à história. A jornada de Lilith em Pandora, acompanhada por um robô, é recheada de piadas que falham em gerar risadas e cenas de ação genéricas e sem emoção.


Mesmo com um ritmo equilibrado, o filme nunca engrena de verdade, deixando uma sensação de monotonia.

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Eli Roth e figuração no set de Borderlands

A direção de Eli Roth não se destaca, faltando uma identidade visual ou narrativa que torne o filme memorável. A fotografia é ocasionalmente bonita, mas frequentemente prejudicada pela superficialidade dos efeitos visuais. A trilha sonora passa despercebida, não conseguindo se integrar à narrativa de maneira impactante. 


Apesar de contar com nomes talentosos, o elenco é desperdiçado, com atuações apagadas que, em grande parte, tentam carregar um roteiro fraco. Nem mesmo Cate Blanchett, que geralmente brilha em seus papéis, consegue salvar o filme.


O único aspecto digno de elogio é o design de produção. O figurino e a caracterização dos personagens conseguem capturar a estética distópica e a sensação de uma adaptação de videogame. No entanto, isso não é suficiente para redimir os muitos problemas do filme.

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Cate Blanchett no set de Borderlands

Borderlands é uma tentativa frustrada de capturar a energia e o estilo de filmes como Esquadrão Suicida e Guardiões da Galáxia, mas não chega nem perto de alcançar a identidade e o impacto dessas produções. Mesmo os fãs dos jogos, que poderiam ter algum interesse, provavelmente sairão desapontados.


A única razão para assistir a esse filme é a curiosidade de ver Cate Blanchett em ação, mas mesmo assim, é melhor esperar pelo lançamento em streaming.


No geral, Borderlands é um desperdício de talento e potencial. Com um roteiro fraco e direção sem brilho, é difícil recomendar assistir ao filme no cinema. Minha nota final de 0 a 10 é 3, principalmente pelos esforços do elenco e o design de produção.


Fica claro que adaptações de jogos precisam ser tratadas com mais cuidado e respeito ao material original para que possam agradar tanto ao público geral quanto aos fãs.



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