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Crítica | Hellboy e o Homem Torto - Uma Decepção em Todos os Sentidos

Atualizado: 2 de nov. de 2024


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Ambientado na década de 1950, Hellboy e o Homem Torto traz de volta o icônico Hellboy (Jack Kesy) em uma nova investigação nas Montanhas Apalaches, onde ele e a agente novata Bobbie Jo Song enfrentam uma comunidade assombrada por bruxas e liderada pelo demônio conhecido como o Homem Torto.


A premissa, que promete um terror de época com toques sobrenaturais, rapidamente se perde em um roteiro confuso e mal-executado, tornando o filme uma grande decepção.


Apesar de ser baseado em uma história da série original, o enredo carece de substância. A trama parece surgir do nada e termina da mesma forma, sem criar qualquer conexão emocional ou empatia pelos personagens.


O desenvolvimento superficial dos protagonistas faz com que qualquer um poderia estar no lugar de Hellboy, sem impacto significativo na história.

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O filme não apresenta um tema claro ou mensagem central. A ideia de “não mexer com bruxaria” é explorada de forma tão rasa que mal se pode extrair algo dela. Além disso, cenas memoráveis ou reviravoltas marcantes estão ausentes.


O longa se apoia em sustos baratos e mal executados, com sons altos inseridos sem propósito, mais irritando do que assustando.


O ritmo é desastroso, com a trama dividida em capítulos e repleta de cortes abruptos que não fazem sentido. O filme tenta, sem sucesso, se passar por um terror, mas acaba parecendo uma colcha de retalhos mal costurada.


A montagem mal feita e a trilha sonora desajustada tornam a experiência ainda pior, tentando forçar um clima de medo que simplesmente não funciona.

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A direção de Brian Taylor é confusa e inconsistente. A escolha de ângulos e enquadramentos não transmite qualquer emoção ou tensão, deixando o espectador desorientado e sem envolvimento com a história.


A fotografia, embora tenha alguns momentos em que tenta evocar uma atmosfera de terror, acaba sendo esquecível em meio a tantos erros de direção e roteiro.


Os efeitos especiais alternam entre o aceitável e o ridículo. Enquanto algumas cenas de efeitos práticos funcionam, outras são tão mal realizadas que provocam risos em vez de medo. A má qualidade visual em certos momentos só agrava a falta de imersão.

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As atuações são medíocres, e isso não é culpa do elenco. Jack Kesy e os outros atores fazem o que podem com um roteiro fraco e uma direção desajeitada, mas, no fim das contas, nada brilha. As cenas que tentam forçar momentos dramáticos ou assustadores caem por terra devido à fraca execução geral.


O design de produção é o único aspecto que merece um mínimo de crédito. Ambientado no interior, ele consegue capturar a estética de uma região isolada e sinistra, mas, como o restante do filme, não se destaca o suficiente para compensar os inúmeros problemas.

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Hellboy e o Homem Torto falha em todas as expectativas. Longe de ser um filme de terror impactante, ele é um longa arrastado, mal montado e sem alma, com cortes abruptos, efeitos visuais pobres e direção sem rumo.


É uma tentativa fracassada de revitalizar o personagem Hellboy, que, ao invés de entregar algo empolgante, acaba sendo uma experiência frustrante.


Recomendar esse filme é difícil, mesmo para fãs do personagem ou do gênero. Ele se apresenta como uma nostalgia forçada e falha em todos os níveis. A execução desastrosa em roteiro, direção e montagem faz deste filme um dos piores já feitos na franquia.


Nota final: 0/10. O filme é um fracasso total e, possivelmente, um dos piores de Hellboy já produzidos.



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