Crítica | Mundo em Caos - Uma Viagem Pós-Apocalíptica Sem Surpresas

Mundo em Caos é a mais recente incursão no universo da ficção científica e ação, dirigido por Doug Liman e baseado na série literária de Patrick Ness. Com Tom Holland, Daisy Ridley e Demian Bichir no elenco, o filme se propõe a explorar um futuro distópico, mas acaba tropeçando em clichês e falta de profundidade.

A trama se desenrola em um futuro pós-apocalíptico onde a humanidade coloniza novos planetas e uma infecção devastadora elimina todas as mulheres, fazendo com que os pensamentos dos homens se tornem audíveis.

O jovem Todd Hewitt (Tom Holland) decide fugir de sua cidade para escapar da destruição iminente e, pela primeira vez em sua vida, encontra uma mulher. Apesar da premissa intrigante, o filme se revela bastante previsível.

A jornada do herói e o universo distópico são tratados com uma abordagem que segue fórmulas conhecidas, sem oferecer muitas surpresas. O desenvolvimento dos personagens é superficial, com um foco excessivo em Todd e uma exploração rasa dos coadjuvantes, que aparecem como meros estereótipos.

Mundo em Caos tenta abordar temas como isolamento e privilégio, mas acaba se limitando a uma crítica mais geral sobre a ficção jovem adulta, que muitas vezes simplifica questões complexas em favor de uma narrativa centrada no ego do protagonista. Momentos marcantes são escassos, e a história se arrasta com um ritmo desigual, ora lento, ora mecanicista.

A direção de Doug Liman, apesar de habilidosa, falha em criar uma experiência coesa entre os elementos de cinema e videogame que o filme tenta emular.

A fotografia é mediana, oferecendo uma qualidade visual sem grandes destaques, e a trilha sonora é funcional, porém sem grande impacto. Os efeitos especiais são adequados, mas não impressionam.

O elenco entrega atuações competentes, com Tom Holland e Daisy Ridley mostrando empenho, embora sem conseguir elevar o material que têm em mãos. O design de produção é apropriado, mas carece de originalidade.

No geral, Mundo em Caos pode decepcionar aqueles que esperavam uma adaptação mais inovadora da série literária. O filme é melhor apreciado por fãs de ficção científica e ação que não se importam com uma narrativa previsível e um desenvolvimento de personagens limitado.

Com uma classificação de 5/10, o filme apresenta alguns méritos, mas falha em se destacar de forma significativa.